nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
De Manuel Adriano Rodrigues (Blog Sip of Glory)
faz hoje mais um poema desde que partiste
ah! misère de t'aimer, mon frêle amour
qui vas respirant comme on respire um jour!
(Paul Verlaine)
sim, doutor
é verdade que estou doente
mas esta dor não pertence ao âmbito do sistema nacional de saúde
sofro de silêncios, ausências
e vendavais interiores
e também tenho um coração onde falta alguma coisa
que não lhe sei explicar
desculpe-me vir aqui dizer-lhe estas coisas
tão pequenas
que provavelmente só farão sentido na poesia
já falei com o kant e com o hegel
e disseram-me que tenho de me comportar como a maioria
e usar a cabeça em vez do coração
fui deixado pelo amor, sr. doutor
e agora já não acredito na existência da lua
(mar) 24/07/13
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