domingo, 14 de agosto de 2011

loucura





a noite choveu lágrimas de uma aurora madura,
madrugada de saberes de uma ladainha obscura
em que o canto e a voz são a torre de menagem
onde escondi o brilho da areia e da plumagem....
fiquei presa nas lágrimas da noite e do castelo
sem dono, e deixei lá os meus cabelos invadidos
pelo outono das incertezas. queria ser tudo, e não
serei mais do que as possibilidades do coração...
que se entoa num carme cantado na noite da ilusão.
pensava que tinha dentro as canções e a ternura.
no fim, talvez, afinal, germine a semente da loucura.

Susana Duarte

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