nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Nuvens-Eros
morde os braços,
na ausência das nuvens
onde Eros e Psyché deram as mãos.
no silêncio da altura vislumbrada,
na raiz das virtudes e de todos os embaraços,
eis a noite sonhada dos abraços
e dos corações descobertos
_________________
em céus encobertos
onde as nuvens
apenas
iludem.
Susana Duarte
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Lindo!
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