nada te resta, senão olhar-me de longe. sabes que habito outro plano, o do dia e da luz com que prossigo, todavia, sobre as flores submarinas. nada te resta, senão as lágrimas e o arrependimento. talvez possas ressurgir, noutras vestes, noutros seixos. mas serás sempre a sombra, a vida incompleta que se declina nos lugares que já não procuro.
terça-feira, 8 de julho de 2014
"Arribas"
(...)
fosses próximo da lava, e seriam de fogo, as tuas palavras. mas elas são do vento que ondula os oceanos, e flui, invisível, como invisíveis são as memórias, e, do vento, são as palavras. as tuas.
no vento das palavras, morrem arribas: encostas do ventre. fósseis, e nuas.
(excerto do poema "Arribas", do livro "Pangeia", de Susana Duarte, a publicar brevemente pela Alphabetum Editora)
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